Crônicas, pensamentos e, tentando não dizer tantas bobagens.

Amor

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Entendi o amor quando fui capaz de enxergar além do egoísmo. Compreendi, finalmente, que a felicidade da pessoa amada se torna a prioridade na vida de quem ama. Há quem discorde, pois, nos dias atuais, prega-se a cultura do “ame a si mesmo” de forma equivocada. Como um grande professor disse em uma palestra, certa vez: “Basta que a pessoa amada adoeça para que você gaste, sem hesitar, tudo aquilo que acumulou a vida inteira. Basta que ela corra algum risco para que você, em oração, peça a Deus que troque de lugar com ela.” E, por aí, se percebe que o bem da pessoa amada vale mais que qualquer coisa deste mundo. Mais até que a própria vida. Então, concluiu o professor dizendo o que vários mestres espirituais vinham dizendo há tempos: O amor é, sim, o que há de mais importante na vida.

Talvez muitos passem por este mundo sem o ter conhecido. Talvez, muitos não tenham a oportunidade de encontrar alguém que, como costumo pensar, é uma porta aberta para o próprio amor, para o que divino, perfeito, para a verdadeira razão. Deus… Bem, que cada um seja livre para chamar como quiser, pois, é exatamente disso que estou falando: Liberdade.

O amor é livre. Ele permite que o outro seja exatamente como é; Acolhe mesmo que o outro, às vezes, haja de forma que discordemos; Não coloca condições para existir, ele simplesmente é; Faz da pessoa amada o lugar perfeito e, sendo assim, tanto a fila de um mercado quanto um grande evento serão ótimos lugares se a pessoa amada estiver; Tem a capacidade de extrair o melhor de nós, fazendo com que descubramos que sentimos prazer em fazer coisas que nem poderíamos considerar antes dele; Nos dá tanta criatividade que nos permite criar planos infalíveis, sempre, para fazer a pessoa amada sorrir.  O amor reescreve nossa própria história com canetas coloridas, nos sacode para o autoconhecimento e dá sentido as nossas vidas.

Dedico este post a ela, a porta aberta para o próprio amor, a mulher da minha vida (já que, a dos meus sonhos, não chegava nem aos pés do que ela é).

Encontrei meu lugar perfeito no mundo. Você, meu amor.

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Há algo que você precisa saber sobre os tesouros: Eles só são possíveis se alguém assim os vê.

 

Se os tesouros são subjetivos e só você é capaz de torná-los tesouros, por que os procura pelo mundo? E, se assim não são, o que os tornam tesouros? Se estão dentro de você, por que precisa do mundo? Mas, se não estão, onde mais estariam?

Olha algo que reluz, enche seus olhos e lhe parece impossível que não seja essencial; eis seu tesouro. Engana-se se acredita que o tesouro é o encontro do que o torna assim com a sua manifestação expressada pelo mundo, pois, se assim fosse, haveria a possibilidade de jamais encontrá-lo e, se tal possibilidade existisse, em que momento teria se tornado tesouro? Ora, se não é o encontro daquilo que lhe é essencial com sua expressão concretizada pelo mundo, o que viabiliza tesouro? Aliás, quem é você? O que é o mundo? O que o faz pensar que estão separados?

Mas há outra coisa que precisa saber: Não existe outra forma de ser pleno e viver seu tesouro enquanto não se despir de suas máscaras e se revelar.

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Tentei me associar ao dono dos poços das ilusões, que, na verdade, só eram reconhecidas como ilusões depois de emersas. Ele estava matando todas elas e esvaziando os poços.

Ele não aceitou a sociedade.

Vi minhas ilusões dissecadas, penduradas e expostas em varais e; dentre elas, reconheci a falsa necessidade que, por medo do “nada”, forçava a caridade alheia porque, até então, acreditava que minhas “reservas” não bastariam para ir vir e comer. Usava da caridade para me alimentar e reservava o que possuía para me locomover. A locomoção me levou ao criador de máscaras… que me dava habilidade para conseguir alimento.

Esse ciclo não poderia mais continuar; agora com a ilusão exposta, não poderia mais aceitar o alimento. Tudo que me restou foi aprender a plantar, cultivar e oferecer aqueles que ainda não descobriram que também podem.

Agora, Jung, apague esse maldito cachimbo e cai fora.

 

Resposta do Sol

Reflexão sobre o primeiro questionamento de Zaratustra ( Nietzsche )

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Zaratustra! O que seria da tua felicidade se não houvesse aquele pudesse te tornar visível? Se argumenta sobre meu ânimo, o faz por tua própria conta; nunca me ouviste falar tais coisas. Então, Zaratustra, o que seria da tua felicidade sem a minha luz que te torna visível? Você seria, ao menos?

Se existo antes de ti e existiria sem ti, e, sobretudo, não existiria sem mim, bem sabes que, se minha felicidade dependesse de ti e daqueles de quem fala, ambos seriam criados pela minha necessidade de felicidade ou simplesmente por consequência da minha existência. Se a simples consequência da minha existência resulta na minha felicidade, por que eu haveria de me preocupar com meu ânimo? Ou, se fostes criados por mim, para minha própria felicidade; saberia que seu questionamento seria previsto e não me surpreenderia. Então, Zaratustra, a quem questiona sobre o ânimo? A mim?

Porém, Zaratustra, a sua percepção de mim faz com que eu exista. Que grande paradoxo! Então, jovem sábio; quem sou eu? Quem es tu?

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O suor do trabalhador não foi em vão. Regou a terra com mais que liquido; registrou sua existência e fez chover para que brotasse a recompensa.

No ar? As centelhas de vidas do olhar dos inocentes dançavam com os pássaros. Então, onde está a dor do momento em que foram roubadas?

Deus sabe o quanto foi importante o mergulho do louco que, nas profundezas foi buscar aquilo que carregava; porém, astuto, poucos podem imaginar o que ele deixou por lá.

Toda injustiça, tristeza e ingratidão foram queimadas na tocha que o palhaço segurava… no circo, sob o olhar da trapezista.

 

 

 

Dedico este texto a pessoa que me ajudou a me lembrar de quem eu sou.

Escuridão

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Porque o dragão nasceu da falta, que nasceu da união confusa entre o desejo e a necessidade, abençoada pela escuridão, que gerou o eu, que gerou o dragão…

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Teu olhar é tua luz.

Se está no passado, projetará tua sombra diante de ti. Sempre.

Se está no futuro, tua sombra sempre estará atrás, em todo seu tamanho e sem que possa ver. Seus olhos serão ofuscados pela luz.

Se está no presente, será como o Sol do meio dia. Sua sombra será mínima.

Só ama realmente a verdade aquele que a aceita mesmo vindo de um inimigo, de alguém que inveja, de alguém que subestima, de alguém que despreza e de alguém que não represente suas próprias crenças. Pois, se coloca condições para a verdade, valoriza mais suas condições que a própria verdade e, se valoriza mais suas condições, valoriza mais a si mesmo.

Entrelaçados

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Assim todos os mistérios se foram e, finalmente, a cobra revelou-se pano. O louco, aos prantos, enxergou que tudo aquilo que o preocupa sempre fora combustível para um único objetivo: Existir em movimento. E a águia, do topo da montanha, permanecia imóvel observando o Bodhi entrelaçar- se a Figueira enquanto suas folhas, carregadas pelo vento, continham todas as ilusões que um dia serviriam de fonte de energia para “os outros” que iniciavam sua jornada. A águia sabia que muitos matariam pelas folhas, porém, o louco refletia em seu semblante que a morte fora vencida. A águia sorria e ambos foram abraçados pelo vento revelador que expunha que “os outros” sempre foi uma unidade de medida da distância, e que, tal distância, é um mero ponto de vista equivocado pela ignorância.

Sobre a verdade

Então, o cego passou a vida toda esperando uma verdade filosófica que mudasse sua história para sempre enquanto cada verdade dita, sentida, manifestada por qualquer pessoa, em qualquer momento, era tradada como se fosse algo diferente daquilo que procurava.